Criado em 1998, pelo Governo Federal, com o objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes, ao final da educação básica, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ano após ano, ganhou notoriedade e relevância. Os números comprovam a popularização da prova: em sua primeira edição, foram 157 mil inscritos, enquanto, em 2015, mais de 7 milhões devem responder às 180 questões objetivas e redigir um texto dissertativo-argumentativo, na avaliação que será realizada em 24 e 25 de outubro. O expressivo aumento é justificado, sobretudo, por já não se configurar apenas como um sistema de autoavaliação, mas, principalmente, como forma de ingresso no Ensino Superior e como pré-requisito para se vivenciar uma série de oportunidades, durante a vida universitária.
Além do Prouni – que concede bolsas de estudo parciais ou integrais, em universidades privadas, para aqueles que cursaram o Ensino Básico na rede pública ou foram bolsistas em escolas particulares -, atualmente, muitas universidades e faculdades públicas e privadas adotam o resultado do Enem, seja de forma total, parcial ou como ponto de corte, em seus processos seletivos. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona candidatos de todo o país para vagas em instituições públicas também utiliza a nota da prova como parâmetro. Já na graduação, os estudantes que conquistam boas notas no Exame, além de terem a possibilidade de contrair o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) – que financia o curso dos matriculados em instituições não gratuitas -, podem candidatar-se a bolsas de iniciação científica, a participação em projetos de pesquisa e, inclusive, a intercâmbio estudantil.
Por influenciar no ingresso no Ensino Superior e, também, na qualidade da formação profissional, o Enem precisa ser encarado com seriedade e comprometimento e exige resistência física e emocional, além do preparo intelectual. De acordo com a supervisora de ensino da Rede de Educação Notre Dame, Claudia Toldo, o Exame, por meio de questões interdisciplinares e contextualizadas, valoriza a autonomia em fazer escolhas e em tomar decisões, o domínio da norma culta da língua e das linguagens matemática, artística e científica, a capacidade de construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento, a habilidade para selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas e disponíveis em situações concretas e a aptidão para recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola.
Se desenvolver essas competências, entre os estudantes, desde as séries inicias, é um compromisso assumido e uma prática exercida cotidianamente nos processos de ensino e de aprendizagem estabelecidos nas instituições de ensino que formam a Rede de Educação Notre Dame, preparar os concluintes do Ensino Básico para a resolução das extensas e cansativas provas também é uma prioridade. É, principalmente, com esse objetivo que, há nove anos, a Rede promove o seu Simulado Enem.
As provas, desenvolvidas pelo corpo docente das seis escolas Notre Dame que oferecem Ensino Médio, nos moldes da avaliação nacional, propiciam que os estudantes de 2ª e 3ª Série simulem a situação de prova. Adaptação à duração, à organização e ao número de questões do Exame é o benefício que os mais de 940 inscritos no IX Simulado obtiveram, afirma Claudia. As avaliações foram respondidas, em caráter obrigatório para os educandos da 3ª Série do Ensino Médio e em caráter opcional para os da 2ª Série, em 06 e 07 de outubro.
No primeiro dia, eles responderam a 90 questões das áreas do conhecimento de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Já, no seguinte, eles se dedicaram às provas de Redação, de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – incluindo língua estrangeira – e de Matemática e suas Tecnologias. O desempenho obtido pelos estudantes da 3ª Série no Simulado será contabilizado como nota no último trimestre letivo. Ele é favorecido, afirma a supervisora, pela adoção, há dois anos, de uma avaliação multidisciplinar realizada trimestralmente. “Há mais preparo e segurança, entre os estudantes, para responder a avaliações como o Enem, afinal, mesmo que as provas multidisciplinares sejam aplicadas por Área do Conhecimento e em dias diferentes, eles estão mais adaptados à metodologia”, comenta Claudia.
Estudantes do Ensino Fundamental também participam de Simulado
Além do Simulado voltado para os educandos do Ensino Médio, os concluintes do Ensino Fundamental I, nas instituições de ensino Notre Dame, também são avaliados de forma similar à Prova Brasil – instituída em 2005, como um dos instrumentos que mensura a qualidade da educação brasileira.
Também em 06 e 07 de outubro, quase 700 estudantes de 5º Ano responderam às 40 questões relativas às disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, a fim de terem seus conhecimentos avaliados e de vivenciarem a experiência.