Tendo em vista a implementação do novo Ensino Médio – reforma estrutural da última etapa da Educação Básica que, aprovada em 2017, estabeleceu um currículo mais flexível, contemplando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) -, a equipe de gestão pedagógica das instituições de ensino Notre Dame participou de novos estudos acerca das suas especificidades.
Na manhã de 03 de dezembro, diretores, vice-diretores e coordenadores das escolas, bem como a coordenação e a supervisão de ensino da Rede de Educação, retomaram os estudos acerca das mudanças que deverão ser vivenciadas pelos adolescentes, a partir de 2022. Para tanto, a equipe contou com a participação da presidente do Conselho Nacional de Educação, Profª Dr. Maria Helena Guimarães Castro, que versou sobre os termos em que se dão a ampliação da carga horária no novo EM, a ênfase na formação integral dos estudantes e a oferta de itinerários formativos como complemento à construção de saberes comuns.
Posteriormente, o gestor de serviços educacionais das Edições SM, Aldeir da Rocha, impeliu-os à reflexão acerca dos aspectos que devem ser levados em conta, durante a reconstrução curricular do Ensino Médio ofertado aos estudantes Notre Dame.
Já na segunda-feira (14), assistindo à palestra ministrada pelo ex-consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Miguel Thompson, os colaboradores foram desafiados a compreender a educação como um processo não-linear, em que a sua promoção deve ser estruturada, mas desprendida de modelos e protocolos rígidos, de modo a permitir a criatividade, a fruição e o diálogo, tanto no ensino quanto na aprendizagem. Para tanto, o diretor acadêmico da Fundação Santillana no Brasil – organização que realiza e apoia iniciativas que contribuem para o desenvolvimento da Educação, enfatizou a necessidade dos educadores apropriarem-se das novas linguagens e ferramentas comunicacionais.
Em seguida, a diretora acadêmica da Editora Moderna, Solange Novaes Costa Petrosino, revisitou a BNCC para o Ensino Médio, elucidando como devem ser desenvolvidas, a partir dos diferentes componentes curriculares, as competências que se deseja fomentar em cada área do conhecimento, tendo em vista a formação integral – compreendida, no documento nacional, como aquela que permite aos educandos mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, a fim de que solucionem demandas complexas da vida cotidiana.
Naquela tarde, os gestores Notre Dame, então, debruçaram-se sobre questões relacionadas aos itinerários formativos que, somando 1200 horas-aula, devem complementar a aprendizagem dos jovens, aprofundando o conhecimento acadêmico construído nas 1800 horas destinadas à formação geral. Além de terem refletido sobre a trajetória que deve ser percorrida para que eles sejam delineados, os educadores levantaram possibilidades que contemplam os objetivos da etapa de ensino, à luz dos projetos de vida idealizados pelos adolescentes.
A partir dos estudos – complementares àqueles já empreendidos ao longo de 2019, os coordenadores pedagógicos do Ensino Médio deverão descrever as etapas a serem vencidas, no próximo ano letivo, para que se estruture o currículo que será implantado em 2022. O seu maior compromisso, como destaca a supervisora de ensino da Rede de Educação Notre Dame, Profª Dr. Claudia Toldo, reside em construir uma matriz curricular significativa. “Nós não estamos preocupados apenas em cumprir com a carga horária proposta pela legislação, mas em proporcionar uma educação integral que modifique a vida dos educandos e, por sua vez, o contexto em que cada um deles está inserido”, afirma.