2016 é um ano ainda mais especial para as Irmãs de Notre Dame. Presentes em 19 países, distribuídos em cinco continentes, seguindo a tradição da Igreja Católica, que celebra a morte dos santos, pois é quando se completa a sua caminhada terrena, elas lembram o falecimento de Santa Júlia Billiart. Nesta sexta-feira (08), completam-se 200 anos da sua ausência física e a continuidade da sua obra.
Nascida em 12 de julho de 1751, em Cuvilly, na França, Julie Rose Billiart viveu na busca da realização de sua missão: transformar o mundo através da educação com bondade e firmeza. Talvez, jamais passasse pela sua imaginação que suas ações e ensinamentos atravessariam séculos e oceanos. Pois, ultrapassaram, por meio da Congregação de Nossa Senhora, da qual é mãe espiritual.
Desse modo, Júlia congregou, em torno de si e da missão Notre Dame, pessoas que se identificam e beneficiam do seu carisma: tornar o Bom Deus conhecido e amado. Entre elas, estão milhares de brasileiros, envolvidos, de alguma forma com a Rede de Educação, de Hospitais e de Entidades Sociais Notre Dame.
Contudo, a relação de Santa Júlia com o Brasil é ainda mais estreita. Aqui, mais exatamente no município catarinense de Campos Novos, em 1950, aconteceu o milagre derradeiro para a sua canonização. Otacílio Ribeiro, um agricultor residente naquela cidade estava em seu leito, já em fase terminal, quando um grupo de Irmãs de Notre Dame e a sua esposa iniciaram uma novena pedindo a intercessão da, então, beata, pela sua cura. Já, no terceiro dia, Otacílio deu sinais de cura total. O médico que o atendia atestou, na época, que tal melhora não teria ocorrido por meio da medicina.
O milagre e a popularização dos seus princípios, por meio das obras mantidas pela Congregação, reúne fiéis como o que, capitaneados por Irmã Amélia Maria Weschenfelder, formam os grupos de Santa Júlia. Hoje, participam ativamente dos encontros semanais de reflexão e de oração, cerca de, 300 devotos. Nas reuniões, eles buscam colocar em prática o compromisso preconizado pela Santa, de tornar o Bom Deus conhecido e amado. “Fazemos tudo o que pudemos para tornar o Bom Deus sempre mais conhecido e amado por todos os que nos cercam. Este foi o legado e é isto que buscamos em nossas ações cotidianas”, enfatiza Irmã Amélia.
Esses grupos têm dinâmica própria e realizam, anualmente, dois retiros que reúnem todos os devotos. Estes encontros servem ainda, para manter viva a memória da santa da Bondade e da Firmeza. Além dos já existentes em Passo Fundo, Carazinho, Espumoso, Constantina e Nova Boa Vista, um novo grupo está surgindo em São Paulo. No Acre, uma capela leva o nome da Santa e reúne, periodicamente, seus fiéis.
Acesse as colunas escritas por Irmã Loiva Urban, retomando a trajetória de Santa Júlia Billiart: